fonte: O Globo
A Alta Corte de Londres começa, nesta segunda-feira, a reexaminar o caso do bebê Charlie Gard, após apelos do Papa Francisco e do presidente dos EUA, Donald Trump. Uma nova audiência foi marcada para quinta-feira, dia 13, quando a Justiça vai decidir se o suporte hospitalar que mantém a criança viva será desligado ou não.
O bebê de 11 meses sofre de uma doença genética rara que afeta as mitocôndrias, células responsáveis pela respiração e pela produção de energia. A patologia já causou danos cerebrais irreversíveis e ele está conectado a um respirador.
Os pais do menino queriam levá-lo aos Estados Unidos para fazer um tratamento experimental. Contudo, os médicos que cuidam do bebê no Reino Unido se opuseram, alegando que isso só ampliaria o sofrimento da criança, e tiveram o apoio da Justiça para desativar o suporte hospitalar.
No final de junho, a Corte Europeia de Direitos Humanos, concordando com os médicos do menino, determinou que os aparelhos que mantinham o bebê vivo deveriam ser desligados.
Entretanto, na última semana, o hospital infantil Great Ormond Street, onde Charlie está internado, anunciou que recebeu novas informações sobre o tratamento e pediram que a Justiça reexaminasse o caso do menino.
“Dois hospitais internacionais e seus pesquisadores nos indicaram nas últimas 24 horas que há novos elementos sobre o tratamento experimental que propuseram”, explicou o hospital em um comunicado na sexta-feira.
“Consideramos, assim como os pais de Charlie, que é justo explorar esses elementos”, acrescentou a instituição.